Esta quarta-feira (30/06) marcou o dia do depoimento do empresário Carlos Wizard à CPI da Covid. Ele é suspeito de participar do gabinete paralelo que aconselhava o presidente sobre as decisões a cerca da pandemia.
Antes de comparecer à Comissão, Carlos Wizard conseguiu um habeas corpus no STF.
Assim, o empresário pode usar seu direito de ficar calado diante das perguntas dos senadores.
Dessa forma, o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues assegurou o direito do empresário mas também, ressaltou que mesmo assim os membros da comissão poderiam realizar as perguntas.
E assim, a audiência da CPI seguiu durante cerca de 5 horas. Em alguns momentos o depoente respondeu algo fora da sua alçada estratégica de permanecer em silêncio.
Bem como, em uma dessas situações, Carlos Wizard negou que participou de um gabinete paralelo.
Além disso, outro momento em que o empresário falou foi sobre as perguntas do relator, senador Renan Calheiros, sobre o relacionamento do depoente com a empresa Belcher.
Em sua resposta, Wizard apenas lembrou que havia citado a empresa no início da audiência, quando negou ter participado de negociação pela compra de vacinas com a mesma.
Para alguns membros da comissão, o empresário perdeu uma boa oportunidade de se defender, como também, colaborar com a CPI.
Para o senador Izalci Lucas (PSDB – DF), todos têm o direito previsto em lei para permanecer calado e assim não se incriminar.
Entretanto, o parlamentar lembrou que outros investigados prestaram depoimento à CPI e mesmo amparados com habeas corpus, responderam as perguntas dos senadores:
“Todos falaram e responderam aquilo que não era diretamente relacionado ao depoente. Quem não deve não teme. O que quero é transparência”
Por outro lado, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB – PE) pediu respeito ao depoente e lamentou que alguns membros da comissão tenham criticado o empresário por exercer seu direito previsto na Constituição:
“Isso [o direito de permanecer em silêncio] é um direito do cidadão brasileiro. É o respeito à garantia individual. É um dos maiores valores da nossa democracia.”
Além do depoimento de Carlos Wizard, hoje marcou o início da investigação da Precisa Medicamentos, tendo no aguardo o depoimento do dono da empresa.
Vale lembrar que a Precisa é responsável por um contrato com o Ministério da Saúde para compra da vacina Covaxin.
Contudo, na semana passada, o servidor do ministério Luís Ricardo Miranda relatou à CPI possíveis fraudes nesse contrato.
Outro destaque foi a cobrança de Omar Aziz (PSD- AM) ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para a extensão da CPI da Covid.
Por fim, foi aprovada a convocação do empresário Luciano Hang e a quebra do sigilo bancário do ex-ministro da saúde Eduardo Pazuello.
Com informações de Agência Senado
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