“Gabinete do ódio”: STF quebra sigilo de investigado

Servidor apontado pela CPI da Pandemia como integrante do conhecido “Gabinete do ódio” teve um Mandando de Segurança (MS) indeferido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Entenda.

Gabinete do ódio STF quebra sigilo de investigado
Foto: STF

A CPI da Pandemia acusa o servidor Carlos Eduardo Guimarães como responsável por intensa prática de atuação nas práticas de radicalização das redes sociais através do uso de propagação de fake news. Dessa forma, aprovou-se o requerimento para a quebra de sigilo de seus dados.

Contudo, o servidor recorreu ao STF, através de um Mandando de Segurança, buscando impedir a quebra de seu sigilo por parte da CPI.

Decisão do STF

Em sua decisão, a presidente em exercício do Supremo, Ministra Rosa Weber, indeferiu o pedido de Guimarães e manteve a quebra de sigilo. A base que fundamenta isso é o objetivo de buscar a elucidação das “ações e omissões do Governo no combate à Pandemia da Covid-19 no Brasil”.

Bem como, ainda segundo a ministra, ao contrário do que alega o investigado, é que existem indícios que ligam o servidor a atuações no “Gabinete do ódio”.

Anteriormente, a CPI da Pandemia já havia repassado dados para o STF sobre o resultado das investigações promovidas pela comissão.

Segundo senadores, os indícios que apontam até Carlos Guimarães se deram por meio de apuração nas redes sociais. Onde foi possível identificar mensagens de cunho ofensivo, difamatório, injurioso e calunioso, todas tendo origem no servidor.

Ainda de acordo com essas dados, o investigado seria “conhecido pela imprensa e pelo público em geral da internet como atuante na fabricação e divulgação de conteúdo falso”.

Entretanto, Rosa Weber ressaltou que o material obtido só poderá ser acessado apenas pelos senadores durante sessões secretas.

“Gabinete do ódio”

Esse termo surgiu a partir de integrantes do governo, que se refeririam ao grupo formado por servidores ligados ao vereador e filho do Presidente, Carlos Bolsonaro.

Eles são responsáveis pela produção de conteúdo, com base em suas próprias opiniões, sobre fatos que ocorrem no Brasil e no mundo.

Isso tudo veio a tona no depoimento da deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), à CPMI das Fake News. Ela, que era líder do governo no Congresso, acusou os assessores do presidente de espalhar notícias falsas durante o expediente.

Outras informações

De acordo com a CPI da Pandemia, o principal assunto com que Carlos Guimarães trabalhava no Gabinete era a pandemia. Tendo “intensa atuação na escalada da radicalização das redes sociais por meio de fake news”.

Além disso, o mesmo disseminava postagens sobre temas como tratamento precoce, desestímulo às vacinas e isolamento social.

Guimarães estaria trabalhando próximo ao presidente. Isso é estratégico para a “sintonia com seus assessores diretos, com objetivo de executar estratégias de confronto ideológico e de radicalização dos ataques nas redes sociais contra adversários”.

Por fim, clique aqui e tenha acesso completo ao MS 38039.

Com informações do STF

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