Projeto para extinção da UERJ já consta na ALERJ

Projeto polêmico que propõe a extinção de uma das universidades mais importantes do país teve sua tramitação confirmada pelo Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro. Saiba mais sobre isso.

UERJ
Foto: Flickr

A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) é uma das maiores e mais prestigiadas instituições não só do Brasil, como da América Latina. Possui oito campus espalhados pelo estado, sendo o maior deles localizados no bairro do Maracanã, na capital fluminense. A UERJ oferece cerca de 90 cursos de graduação, 63 de mestrado e 46 de doutorado. Além disso, seu corpo docente é composto por 2,8 mil professores e possui cerca de 43mil alunos matriculados entre cursos de graduação e pós-graduação.

Proposta de extinção da UERJ

Contudo, todos esses números e a aparente importância da Universidade para a população fluminense não é unanimidade para algumas pessoas, inclusive parlamentares. É o caso do deputado bolsonarista Anderson Moraes (PSL – RJ). Ele é autor do PL 4.673/21, que propõe a extinção da UERJ. Além disso, a matéria também determina o repasse de todo o patrimônio e alunos da instituição à iniciativa privada.

Real ameaça

Entretanto, apesar da proposta ter sido apresentada em maio deste ano, somente agora, nesta quinta-feira (19/08), que a pauta teve sua tramitação publicada no Diário Oficial do Estado do RJ. Bem como, passou a existir formalmente no sistema da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ).

Mesmo assim, o presidente da casa, deputado André Ceciliano (PT-RJ), já antecipou que essa pauta nem sequer será abordada durante sua gestão frente a ALERJ:

“Enquanto eu for presidente, este é um debate que não vamos enfrentar”

Além disso, a reação negativa que o projeto tem causado na opinião pública, como também diante da população fluminense, faz com que a proposta tenha muito pouco apoio.

E não é de hoje que o deputado Anderson Moraes tem a Universidade sob sua mira. Existem outros dois projetos de autoria dele que afetam a UERJ. O primeiro, PL 4.667/21, proíbe a realização de eventos político-partidários nas dependências da universidade. O segundo, PL 4.666/21, prevê a transferência de toda a estrutura da UERJ à iniciativa privada. E o dinheiro gerado com essa ação deverá ser investido em bolsas de estudos para alunos na rede privada de ensino superior.

UERJ reitera sua importância e se defende

A universidade, através do seu reitor, Ricardo Lodi Ribeiro, divulgou uma nota em que mais uma vez repudia o projeto bem como o que ele defende. De acordo com o documento, essa pauta não terá nenhum tipo de apoio na ALERJ, pois os membros da casa reconhecem a importância da UERJ. Ademais, é relembrado que a instituição é o maior projeto de inclusão social e de agência de políticas públicas da história do estado.

A Universidade afirmou estar em constante contato com o parlamento fluminense para que a proposta seja rejeita pois, segundo a conclusão da nota:

“A Uerj não será extinta porque ela muda a vida das pessoas para sempre.”

Clique aqui e leia na íntegra a nota de repúdio da reitoria da UERJ.

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